terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Dou graças a Pachamama, este é o meu Carnaval!

Salve amados, hoje dou graças a esta chuva que cai durante todo o feriado de carnaval, a chuva que tanto amo, que me faz companhia e cria a atmosfera ideal para a interiorização e a reflexão, criando um Oásis de paz e amor, donde posso retirar a água sempre fresca; um oásis que me refugia desta atmosfera obscura do carnaval...
Nós da Mística Andina somos uma tribo que não curte o carnaval, não este carnaval moderno, que cultua falsos deuses e celebra antes a obscuridade do que a luz...
Estive refletindo o que é o carnaval nos dias de hoje, e a impressão que ficou é que é uma festa da carne, como a própria etmologia da palavra carnaval sugere. Sim, é uma festa, mas o que celebra hoje em dia? Onde ficou a parte mística original desta festa? Um defensor do carnaval poderia responder: ah! mas o enredo das escolas de samba falam de Deus, falam de assuntos místicos... sim, pode ser, mas há que convir que estes enredos estão totalmente descontextualizados, porque o carnaval perdeu sua origem... Sem falar da fonte do dinheiro que financia tanto luxo e ilusão, a despeito da pobreza em que vive nosso povo. Você, querido leitor, já se perguntou que interesses estarão por detrás desta festa popular? Com certeza não são interesses luminosos...
Voce conhece a origem do carnaval? O carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente, os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa. No ano de 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência europeia, produto da sociedade vitoriana do seculo XIX, uma festa importada que nada tinha a ver com nosso país, de um luxo extravagante e uma esta vazia incompativel com nossa alma brasileira; esta foi a importação de um luxo ou seria mais propriamente de um lixo europeu?
O Carnaval, então, foi um dia, uma festa pagã que celebrava a Vida, a colheita, a fertilidade do solo, celebravam o amor, a unidade grupal e agradeciam celebrando. E nisto havia mística e celebração! Mas e hoje, o que o carnaval oferece? Certamente nada tem de celebração, é antes uma degradação à alma do povo brasileiro!
Uma festa popular, sim, o povo merece celebrar, mas faz falta uma celebração da luz, do amor, da unidade, de gratidão ao Senhor e Senhora da Vida por tudo o que recebemos da Vida, dia a dia, pelo pão, pela colheita, pela abundância que nos chega, pelo carinho, pela amizade...
Ora, não se celebra com um copo na mão...
A tribo da Mística Andina é um grupo que celebra, celebramos estar VIVOS, festejamos ao Sol uma vez por ano, praticamos a purificação duas vezes ao ano, através da Prática dos 21 Dias e ao final destas práticas, que acompanham a troca de estações, nos reunimos e celebramos a subida simbólica a um Morro, um esforço espiritual e grupal de subida da vibração energética de uma tribo. A isto celebramos: o trilhar em grupo de uma senda espiritual que nos ensina a resgatar os valores humanos e familiares esquecidos, e lutamos contra a ilusão, a fim de despertarmos a consciência.
Somos um grupo grato que medita, que ora e agradece a Deus e a Pachamama por todo o bem que recebemos no ano, celebramos a toda lua cheia, celebramos o Inti Raymi (festa do Sol), celebramos o dia de Pachamama (1º de agosto) e celebramos ser uma tribo arco-íris que se reúne a meditar e a cantar o Santo Nome do Senhor.
Quisera que o carnaval fosse uma celebração do povo brasileiro grato pelas bênçãos que é nosso País (com maus políticos, mas isto já é outra história), gratos pela Luz do Pai Sol que nos abençoa a cada dia, gratos pela fertilidade de Pachamama que nos alimenta dia a dia, gratos pela abundância de água, pela generosidade de nosso povo, pela mistura étnica de nosso povo, que vive em PAZ!
Dou graças a Pachamama, este é o meu carnaval!
Com amor
Nuit

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Vocé tem um Coraçao Jovem?

“A mente está dentro do tempo e o cérebro também. A mente é o tempo... Assim, enquanto mais mente ponhas em tua vida, mais velho ficas... A vida que sempre é jovem e sempre nova, quando lida, sentida desde a mente velha transforma tudo na mesma coisa; a mente lhe proíbe terminantemente a ser feliz, a ser jovem, ai ai ai... e assim, vivemos a vida, esta vida incrível...
Mas não É assim! O coração tem uma possibilidade maravilhosa que é a de rejuvenescer-se em um banho de ternura, humildade, esperança, todos os dias...”.
(Mestre Lucidor Flores)

Mestre Lucidor tem insistentemente nos convidado a nos sentir jovens e confesso que minha mente teve reagindo ante ao convite a ser jovem. Minha mente teve se debatendo e questionando-se: como ser jovem se o tempo é implacável e não volta atrás?
A resposta a esta pergunta a encontrei na frase maravilhosa que acima transcrevi: “o tempo é mente” disse o mestre, então, se penso com a mente envelheço, se penso com o coração rejuvenesço, simples assim, porque o coração não mede a vida em tempo, nem em anos, está além do tempo e da racionalidade. O coração é sempre feliz e inocente se está aberto e receptivo, e seu relógio é o sentir, e mais jovem será quanto mais feliz, mais inocente, humilde e puro ele for... Assim, para ser feliz há que voltar a ser jovem!
No coração está a fonte da juventude, eis a chave.
Por suposto, ser jovem é um estado de espírito ou um estado do coração, uma escolha mental a acreditar-se um coração jovem, uma alma jovem. Não se trata, por óbvio, do significado a que nos remete o raciocínio linear de nossa mente, que tem todas as razões para nos convencer de que o tempo passa e por conseqüência envelhecemos. Mas queridos, este convite não é para a mente, senão para o coração...
Um coração se põe jovem quando está enamorado da vida, pela experiência que lhe toca viver, quando se abre ante a inúmeras possibilidades de ser... Ah que deliciosa a vida se torna quando sentimos que tudo podemos, que ainda há tempo para ser o que quisermos, para amarmos muito e sermos amados.
O coração se põe jovem quando ama a Deus e acredita que o pequenino córrego que somos se dirige lentamente ao oceano, ou seja, quando a mente acredita no sonho de nosso coração e não resiste a ser atraída pela força irresistível que exerce o amor do Senhor.
Ah! que o corpo fique velho, mas não nosso coração, pois ele acredita no poder de atração que lhe exerce o Amado Senhor e sim, sim Senhor, estou indo a teu encontro; sim, sou apenas uma gotinha de água neste imenso mundo de formas e ilusões, sim, sou apenas um pequenino ser e Vós, é Tudo, És imenso, mas acredito no sonho de meu coração em chegar diante de Vós, porque este é nosso destino imutável e isto me faz feliz!
Meu coração quando pensa que está a caminho, não obstante os obstáculos que se apresentam dia a dia, se sente feliz e jovem, e não pode ser de outra maneira, salvo se acreditarmos em nossa mente que nos põe velhos em uma fração de segundos. É nossa escolha acreditar no coração ou na mente. Em que acreditas amado irmão? Solte-se pequenino, solte-se à força de atração de nosso Amado Senhor, Ele nos está atraindo para Si, porque esta é a Lei do amor, haveremos de desembocar no amor de Deus, sendo amor!
Que grande aventura ser uma gota de amor do Senhor! Quiçá, sejamos uma gota de amor esquecida de sua natureza, esquecida de que saiu do coração do Criador; esqueceu-se de que a única coisa que precisa para encontrar o caminho de volta É AMAR! Já temos tudo do que necessitamos, trouxemos conosco o instrumento de navegação para este mundo de formas e brumas: nosso coração, ele conhece o caminho de volta.
Nosso único pecado foi ter saído do coração e ter escolhido como habitação a nossa mente, que é velha, é dual e está perdida, pois sozinha não sabe como voltar para casa... Atente-se, amado irmão e irmã, para vosso coração, entregue-se a ele, escute-o e volte a aprender a amar... ele será nossa bússula, ali está a felicidade!
Hoje declaro ante vocês que escolho rejuvenescer! Meu coração está mais jovem a cada dia!
Comadre Nuit Sandoval,


Nossa Conexão com Pachamama


Amados uaikis sandovalitos, amados deste coração, como estão neste dia sagrado de Pachamama? Sabem, pensava sobre nossa conexão com Pachamama e coloquei toda a minha atenção neste vínculo amoroso que temos e que está ali, apesar de não estarmos o tempo todo conscientes deste fio que nos liga a Ela, nossa amada Mãe divina...
Pensando sobre isto, percebo o quanto as pessoas estão inconscientes deste vínculo materno, com nossa ligação com a Mãe universal... Enquanto pensava nisto entrou em meu quartito, Hare, o filhote de cinco meses de minha gata, miando e me procurando para se afagar, ora se afagando em mim, ora me dando mordidinhas e ronronando satisfeito... Ah que delicioso sentir estes seres maravilhosos que sentem a conexão com Pachamama e são felizes, livres, satisfeitos, independentes, e mestres em sentir deleite, porque eles estão com Ela o tempo todo...
Ah queridos, já pensaram como nós humanos perdemos esta conexão e que nós, como família Mística Andina, estamos aprendendo lentamente a restabelecer esta conexão com Pachamama?
Ah, que lindo será quando tivermos despertado a consciência para este vínculo amoroso com Pachamama amada e nos mantermos N’Ela o tempo todo, adotando como nossa vontade a vontade DELA em nós...
Assisti nesta semana o filme Avatar e a cena que mais gostei foi quando a cientista Grace, que estava a beira da morte, sendo ajudada pelo povo extraterrestre chamado Navi, sentados, meditando embaixo de uma grande árvore, a Árvore das Almas, estabelecendo conexão grupal com Ela com o propósito de pedir pela humana, a fim de transferir a vida do corpo humano para o corpo Avatar dela. A Mãe do clã, aquela que era a intérprete da vontade da MÃE, falou que Grace tinha que ir até o olho da Mãe e retornar para que a transferência se desse, mas Grace não consegue ou preferiu ficar com a Mãe, e suas últimas palavras foram: Ela é real, ela existe! Ahh esta cena me emocionou e valeu por todo o filme, sim, o filme é uma ficção, mas com uma mensagem belíssima de como se pode viver sob as bênçãos da Mãe divina... sim, Ela é Real e está bem ali, por detrás dos nossos pensamentos, por detrás de nossa mente; podemos sentir-Lhe a respiração, respirando em nós... Podemos sentir o amor Dela amando através de nós... podemos sentir a Vida vivendo através de Nós...
Amados, a sintam em vocês, a sintam em mim, a sintam nos gatinhos, nos pássaros, nas árvores, no ar, nas nuvens, Ela está em tudo, É Tudo! Haveremos de recuperar nossa humanidade e nosso equilíbrio quando a tivermos encontrado dentro de Nós e fora de Nós.
Na Mística Andina este tem sido nosso aprendizado, procurar por Ela, amando-a e oferecendo-Lhe nosso coração, sendo-Lhe devotos e treinando a atenção para que nosso consciência possa estar sempre em Sua Presença. E por fora, A procuramos através de ações, de serviços, sendo seus guardiões, tutores da Vida de todos os reinos, cuidando do meio ambiente dentro e fora de nós...
Amados irmãos, cuidem da Vida dentro de você, enamorem-se desta que nos cuida, que nos guia, que de todas aa maneiras nos apresenta lições e desafios para que possamos crescer em Seu amor, para que nos tornemos Seus filhos, valorosos filhos de Pachamama...
Compartilho com vocês, meus queridos irmãos, esta devoção pela Mãe amada, este amor que preenche meu coração e a emoção por ser e por viver no presente, viver no agora...
Rogo a Mãe amada que toque levemente nossas consciências para que possamos estar muito mais cônscios Dela a fim de vivermos em Vosso Amor e Presença...
Com devoção e afeto,
Comadre Nuit

Que símbolo escolhes para a nossa bandeira Sandoval?