terça-feira, 24 de maio de 2011

Ser um Discípulo...


Se recorrermos a dicionários ali teremos o significado lingüístico, teremos o caminho etimológico, mas certamente não encontraremos ali o significado literal, não captaremos naquela fonte, o que representa escolher um caminho espiritual. Porque ser um Discípulo é ter por onde e para aonde se caminhar .  Por isso se quisermos mesmo saber o que significa essa palavra é preciso recorrer, burscar em outra fonte. Para se compreender o que é ser um discípulo é preciso fazer, é preciso escolher. Escolha fácil e fluída, escolher por simplesmente SER. É ser fiel, sincero, honesto e entregue a esse propósito e, claro,  a um Mestre, que guia, ancora, impulsiona, orienta e aponta por onde seguir... Para experimentar o que é ser um discípulo é beber em outra fonte. Numa fonte inesperada, poética e muito, mas muito mais sutil que as palavras, que os significados literários. Ser um Discípulo é experimentar com o coração, um caminho. É senti-lo profundamante, no corpo sim, com as sensações, mas que vai adiante e chega a alma. E chega na forma de um chamado, de um grito, de uma vontade que não cessa. Que fica ali, pedindo, desejando que se regresse, pedindo que se volte para o lugar que nunca se deveria ter, um dia, saído... Às vezes o ingresso por essa porta é meio distraído, embora nunca ao acaso. Daí a necessidade de ter-se mais que amigos, mais que um grupo e, sim, verdadeiros companheiros de caminhada espiritual. Seres que nos empurram, inspiram e estão ali sempre disponíveis para nos ajudar a ouvir o que para alguns se torna difícil, o chamado. Esse som que cutuca, que pulsa, que bate, que chama, é paz, é belo, é amor, porque é vida!
Que saibamos escutar com o coração, porta e morada da alma, a canção do nosso ser interno, nos chamando a sentir, a regressar e a viver em intensa entrega.
Grande beijo no coração de todos e todas.
Por Kuichi Sandoval

CONVITE MEDITAÇÃO ABERTA NO CASARÃO DA LAGOA (FLORIANÓPOLIS)


Olá queridos e queridas,
 
Passo por aqui, para registrar um pouquinho do que foi a nossa meditação aberta no Casarão da Lagoa. Muuuuuuuito agradecida Lílian, Margareth, Tobias e Margarida.
Graças a cada um de vocês tenho sido capaz de experimentar a cada semana o que é ser um instrumento de luz, o que é ser uma servidora, o que é ser uma discípula!
Agradeço do fundo meu coração e digo que ali sempre estarei para levar à todos que quiserem beber da fonte do carinho, dos ensinamentos e do que representa esta senda chamada Nação Mística Andina.
Agradeço e convido a todos: simpatizantes, enamorados, aspirantes, curiosos espirituais e discípulos para compartilhar conosco dessa linda viagem ao nosso interior.
 
Fica o convite então...
 
MEDITAÇÃO ABERTA CASARÃO DA LAGOA
TODA SEGUNDA-FEIRA DAS 18:00 ÀS 19:00.
 
 Grande beijo no coração de todos.
 
Kuichi Sandoval

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Festival da Lua Cheia de WesaK


 



Amados irmãos!
 
Nos aproximamos de uma porta imensa que se abre nessa lua Cheia de Wesak, e para estarmos em sintonia com ela temos de ser maduros e responsáveis espiritualmente, mantendo-nos com nossa pratica em dia e acordados a nossos atos cotidianos.
Wesak o lua cheia de touro, é o maior momento cíclico grande possibilidade de que a luz flua a mente dos homens, pois uma grande concentração de grandes maestros da compaixão, que se unem em um lugarzinho sagrado do oriente e dos Andes, para revelar o propósito vivo a mente dos homens....
 
E que celebramos nesta lua?
A iluminação desse discípulo que conhecemos como Buddha,y a conexão que se estabelce três dias antes y três dias depois entre os grandes Seres y Nos os mediadores do plano de Deus... E imaginem que nosso Maestro estará na Índia, aprofundando laços e reconectando o corpo energético de Pachamama, então mantenhamos nosso corpo de luz saudável...

Que possamos HARMONIZAR nossa luz com a luz dos outros irmãos... que precisamos pra nos Harmonizar, é preciso perdoar, e ser perdoado, usando a luz da alma, assumir os erros e equívocos, assim dissipamos de nossos mundos as miragens e ilusões que tanto dano fazem a nossa vida individual, grupal e mundial..pedir perdão amplamente por as desatenções, impulsos e reações e toda essa gama de obsessões a que a mente se entrega...

A sugestão para esse tempo é o de treinar harmonia e unidade grupal, pois assim acessamos a alma grupal que é o que os Maestros enxergam, não olham a individualidade, então amados vamos firmes em manter nossos corpos expurgados de todas as toxinas mentais, emocionais e físicas... direcionando-nos ao grupo a essa presença luminosa que cura e nutre intimamente nosso ser... saímos nos nosso eus e meus e entremos na família Darmica do NÓS...

Mantenhamos a pratica da kriya e a meditação como o pão nosso de cada dia, e que nestes dias se estas irritado, peças desculpas com o coração constrito, pois somente isso libera-te para estar com tua luz e com a luz grupal e a do Maestro.
 
Manter-se em uma elevada energia, e alegria fortalece os anticorpos energéticos da angustia e da tristeza, mantenhamos com um Mantra que nos encha todos os dias de um Maranatha, que o Espírito Santo esteja conosco todos os dias, convida a que a cada dia um anjo nos acompanhe e assim possamos estar fluindo com a divina presença.
 
Mantenhamos o mais perto do centro de nossa Chacana e desde ali manter-nos atentos e abertos a energia que chega a nosso ashram, pois nesses tempos somos visitados e intensamente irradiados.... Limpa teu ovo energético usando diariamente uma das técnicas que antigos na senda.
Queridos irmãos a cada lua cheia preparamos a chegado do BEM AMADO, e as três primeiras luas são as mais importantes, assim não deixemos escapar essa oportunidade única de participar do plano Uno, e em  DEVOÇAO y UNIDADE GRUPAL, cheguemos a  WESAK em um alto nível de energia essência e luminosidade.

Assim aceitemos o convite dessa semana e mantenhamos e sejamos humildes, alinhados , harmônicos com o propósito grupal, e perdoemos e peçamos perdão, sendo uns faróis prontos para que o corpo Cristico nos percorrar e ilumine, assim como Budha o fez e faz, que expressemos nossos irmãos menores e irradiemos a todos os que não tem voz e façamos ecoar esse magnífico tom que receberemos de Lucidor desde os Himalaias e a toda a Nação Pachamama.
OM GURU DEVA OM
Munay Obelar Flores
Guia Espiritual da Mistica Andina
Obs.: O ápice da lua cheia será na terça-feira, dia 17, as 08:09h. Sugerimos reunirem-se em meditaçao e celebraçao  aos irmàos da Mistica Andina de sua cidade e celebrar este importante evento espiritual e assim sejamos um canal para esta luz que se irradia tao beneficamente  para toda a humanidade. Feliz Lua Cheia!

domingo, 15 de maio de 2011

Os muitos Mestres em nossas Vidas!

Um dos grandes mestres Sufi, Junnaid, estava morrendo. Seu discípulo mais próximo veio até junto dele e perguntou: “Mestre, você está nos deixando. Uma questão tem estado sempre em nossas mentes, mas nunca tivemos coragem de lhe perguntar. Quem foi seu Mestre? Isso tem sido uma grande curiosidade entre seus discípulos, pois nunca ouvimos você falar de seu Mestre.”


Junnaid abriu os olhos e disse: “É difícil para mim responder porque aprendi de quase todos. Toda a existência foi meu Mestre. Aprendi de cada pequeno evento em minha vida. E sou grato a tudo que aconteceu, pois devido a todo esse aprendizado eu me tornei quem sou.”

Apenas para satisfazer sua curiosidade lhe darei três exemplos. Primeiro, eu estava com muita sede e caminhava em direção ao rio levando minha tigela de esmolas, a única posse que tinha. Quando cheguei ao rio, um cachorro passou correndo, pulou dentro do rio e começou a beber água.

Observei o cachorro por alguns instantes e então joguei fora minha tigela de esmolas, porque não servia para nada. Um cão pode viver sem isso. Também pulei no rio, bebi tanta água quanto quis. Todo meu corpo ficou refrescado porque mergulhei no rio. Fiquei sentado no rio por alguns momentos, agradeci ao cachorro, toquei nos pés dele com profunda reverência pois ele havia me ensinado uma lição.

Eu abandonei tudo, todas as minhas posses, mas ainda estava apegado a minha tigela de esmolas. Esta era uma bonita tigela, belamente esculpida, e eu sempre estava estava preocupado de que alguém pudesse roubá-la. Mesmo à noite costumava colocá-la sob minha cabeça, como um travesseiro, assim ninguém podia tirá-la de mim. Esse foi meu último apego, e o cachorro ajudou. Era tão claro: se um cão pode viver sem uma tigela de esmolas e eu sou um homem, porque não posso fazer o mesmo? Esse cão foi um de meus mestres.

“Segundo,” ele disse, “eu me perdi numa floresta e quando finalmente cheguei no vilarejo mais próximo que pude encontrar, já era meia-noite. Todos dormiam profundamente. Perambulei por toda a cidade para ver se podia encontrar alguém acordado que me desse abrigo para passar a noite, até que finalmente encontrei um homem. Perguntei a ele, ‘Parece que eu e você somos os únicos que estamos acordados nesta cidade. Você pode me dar abrigo para esta noite?’

“O homem disse. ‘Posso ver por seus trajes que você é um monge Sufi...’”

A palavra Sufi vem de suf; que significa lã, túnica de lã. Os sufis têm usado túnicas de lã há séculos; portanto foram chamados Sufis por causa das suas vestimentas. O homem disse, “Posso ver que você é um Sufi e me sinto um pouco desconcertado em levá-lo para minha casa. Gostaria de lhe dar abrigo, mas antes preciso lhe dizer quem eu sou. Sou um ladrão - você gostaria de ser hóspede de um ladrão?”

Por um momento, Junnaid hesitou. O ladrão disse, “Olhe, foi melhor que eu tenha dito a verdade. Você me parece hesitante. O ladrão está disposto a lhe dar abrigo, mas o místico parece hesitar de entrar na casa de um ladrão, como se o místico fosse mais fraco que o ladrão. Na verdade, eu deveria estar com medo de você – você pode me transformar, você pode mudar toda minha vida! Convidar você significa perigo, mas não estou assustado. Você é bem vindo. Venha para minha casa. Coma, beba, durma, e fique quanto tempo quiser, pois vivo sozinho e o que ganho é suficiente. Eu posso sustentar duas pessoas. E seria bom conversar com você sobre grandes coisas. Mas você parece hesitante.”

E Junnaid deu-se conta de que isso era verdade. Ele pediu para ser perdoado. Tocou os pés do ladrão e disse, “Sim, meu enraizamento no meu próprio ser ainda é muito fraco. Você realmente é um homem forte e eu gostaria de ficar na sua casa. E gostaria de ficar por algum tempo, não só por essa noite. Eu também quero aprender a ser mais forte.”

O ladrão disse, “Então venha!” Ele alimentou o Sufi, deu-lhe algo para beber, ajudou-o a preparar-se para dormir e depois disse, “Agora tenho que ir. Tenho que cuidar de meu próprio negócio. Voltarei de manhã cedo.”

De manhã cedo o ladrão retornou. Junnaid perguntou, “Você teve sucesso?”

O ladrão disse, “Não, hoje não, mas haverá outros dias.”

E isso aconteceu continuamente, por trinta dias: toda noite o ladrão saía, e toda manhã voltava de mãos vazias. Mas ele nunca estava triste, nunca ficava frustrado – não havia sinal de fracasso em seu rosto, ele estava sempre feliz – e ele dizia: “Não importa. Eu fiz o melhor que pude. Não pude achar nada de valor hoje, mas amanhã tentarei.de novo E, se Deus quiser, pode acontecer amanhã se não aconteceu hoje.”

Após um mês, Junnaid foi embora, e por anos ele tentou realizar o ato supremo, porém sempre fracassava. Mas toda vez que ele decidia abandonar todo o projeto lembrava-se do ladrão, sua face sorridente e dizendo “Se Deus quiser, aquilo que não aconteceu hoje irá acontecer amanhã.”

Junnaid disse ao discípulo, eu me lembro do ladrão como um dos meus maiores mestres. Não fosse ele eu não seria o que sou.

O terceiro evento foi quando eu estava chegando a um pequeno vilarejo. Um menino estava levando uma vela acesa, obviamente indo ao pequeno templo da cidade para lá deixar a vela acesa durante a noite.”

Junnaid perguntou: “Você pode me dizer de onde vem a luz? Você mesmo acendeu a vela então deve ter visto. Qual a fonte da luz?

O garoto riu e disse, “Espere!” E ele apagou a vela com um sopro na frente de Junnaid. E disse, “Você viu a luz se apagar. Você pode me dizer para onde ela foi? Se me disser aonde ela foi eu lhe direi de onde veio, porque foi para o mesmo lugar. Ela retornou à fonte.”

E Junnaid disse, “Encontrei grandes filósofos mas nunca ninguém tinha feito uma declaração tão bonita: ‘Ela retornou à sua própria fonte’. Tudo finalmente retorna a própria fonte em algum momento. Além disso, a criança me fez ciente da minha própria ignorância. Estava tentando brincar com a criança, mas foi ela que brincou comigo. Me mostrou que fazer perguntas tolas – ‘De onde vem a luz?’ – não é inteligente. Ela vem de lugar nenhum, do nada – e retorna para lugar algum, para o nada.”

Junnaid continuou, “Eu toquei nos pés da criança. A criança ficou perplexa. Ela perguntou, ‘Por que você está tocando meus pés?’ E eu respondi: você é meu mestre. Você me ensinou algo. Você me deu uma grande lição, um grande insight.

“Desde então,” Junnaid disse, “Tenho meditado sobre o nada e, aos poucos, bem lentamente, fui penetrando no nada. E agora chega o momento final quando a vela se apaga, a chama se apaga. E sei para onde estou indo – para a mesma fonte.

“Eu me lembro dessa criança com profunda gratidão. Ainda posso vê-la diante de mim, soprando a vela.”
(fonte: Osho Times)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Jornal O Peregrino

Salve amados irmãos e irmãs sandovalitas, salve leitores amigos!
Compartilhamos com vocês o link do queridinho jornal da Mistica Andina, um peregrino que cumpre com sua especial missão de levar luz e amor às pessoas de boa vontade.
Está maravilhoso o exemplar deste mês e ali está o convite para o Inti Raymi em Fortaleza, a festa anual do Ayllu Mistica Andina em que celebramos o Pai Sol.
Para ler o jornal virtual clicar no link abaixo:

Boa leitura
Comadre Nuit

Que símbolo escolhes para a nossa bandeira Sandoval?