quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Natal, no Ashram Aoniken: O verdadeiro sentido do Natal!

 

Ah... que Natal, que alegria poder desfrutar desse bom velhinho.
O Natal começou antes pensando como passaríamos, com quem, até que decidimos passar no ashram... neste LAR, que esquenta nossos corações... E queríamos muito compartilhar nossa mesa e falava a Melu e Esmeralda que teríamos uma mesa esticada, compartida, lembrando do último Natal passado em Floripa onde fomos as ruas levando uma ceia e celebrando com os moradores de rua, bah que lembrança.
E assim foi que na sexta-feira junto com os novos aspirantes Nilton e Magali, Melu, Rudá e Esmeralda, visitamos umas famílias de catadores de papel que moram aqui próximo e ficou combinado passarmos juntos o Natal, ali na casita deles. Mas no dia seguinte, sábado de natal, amanhecemos com uma chuvinha cotinha, e que dia, bah... a cozinha começou cedo, e logo a ritmo de Hare Krishna, preparamos com carinho e alegria as comidas (gracias Rosário e Rocio pela ajuda na compra das comidinhas), Tucac e Amankay passaram a tarde e deixaram bebidas e comidas que haviam providenciado,  estava tudo pronto, mas a chuva não parava, e a casinha não comportaria as 30 pessoas esperadas, então as Shaktis lideradas por Melu ao meditarem no salão, disseram:
- E se trouxéssemos as pessoas pro ashram e fizéssemos no salão? Passamos também pelo salão e a energia do encontro ainda se sentia gordinha e pipocando... E assim começamos a esticar as mesas, hhhehehe e decoramos e realizamos algumas viagens com a Mikaela  (pata quem não foi apresentado, nosso carro tem esse nome) pra trazer a todos, e ao final vieram dezoito adolescentes e crianças e um adulto...
Bah.... que maravilha fazer uma carta gigante de Natal pra todos que ainda não haviam escrito para o Bom Velhinho... brincamos, cantamos, merequeteamos, entramos na casa do zé, a alegria se fazendo forte e irradiante...
e com luzes apagadas e uma velinha acesa ao pé da nossa árvore de Natal, entramos num clima mágico de aconchego  e celebramos com muitas historinhas e mensagens, e ali entregamos os presentes, lembramos da estrela mais alta na árvore e sonhamos juntos, com a santa e sagrada ESPERANÇA... ah... ver os olhinhos brilhando, o corpo relaxando e se soltando em gargalhadas e uma loucura sagrada e natalina...
E achava que o Natal estava feito... começamos a levar todos de volta, e mais algumas viagens e estaria pronto... Mas o que não havia contato é que na primeira visita a eles, Rudá havia se encantado com o Tiago, um menino de 5 anos que não tinha podido vir ao ashram... Rudá tinha separado alguns dos brinquedos dele pra todas as crianças, mas pro Tiago ele queria muito entregar pessoalmente e brincar com seu gatinho... assim depois de levar todas as crianças fomos nós visitar a casa do Tiago e ele estava na casa da Abuela... que lugar... que lar.... entramos em uma casa minúscula, simples, humilde e ali meu coração se encheu e senti o espirito natalino dançando nos olhos daquela senhora que tem mais de 20 netos e sorri com a brandura e confiança de uma deusa, ah... que maravilha, levamos umas comidinhas, desfrutamos da sobremesa que ela havia preparado, e nos enamoramos da morada e da presença... do amor, do porto seguro...
aos poucos outros foram chegando, uns entravam e outros saiam, revezando-se pois não cabíamos todos ali, mas a ceteza de Cristo por ali, ah...
e quando íamos entrando no carro para voltar a casa do maestro, outra cena que guardo: um dos filhos preparando a charrete pra ir embora, e se subiram as crianças, a mulher e, a charrete  completa seguiu, puxada a um cavalo de força, como se estivéssemos em outro espaço tempo, e Papai Noel nos mostrasse suas muitas carruagens, trenós e casitas...
Assim será nossa amada NAÇÃO PACHAMAMA, simples humilde com o espaço necessário em nossas casas e corações apenas pra que o espirito cristico nos inspire...  solidário, sem cercas ou muros, com mesas esticadas, como uma só família, um só povo, em uma só situação a de abandono e desapego ao privado, e vivendo em um só coração, em fraternal alegria, sem preconceitos, sem castas sociais, ou contas bancárias, pois o novo se fara desde estes que vivem da miséria, pois neles dança o Reino dos Céus e abunda a santa alegria e gratidão pelo pouco que tem, pois dali vem a verdadeira riqueza de mostrar que com tão pouco se pode ser tão feliz e sustentar a tantos, ah... que lindo estes que são ricos por necessitar tão pouco...
Assim nos despedimos, vimos a carroça se indo com tanta alegria, e nos fomos também com o coração quente e plenos dessa borbulha de LAR VISITADO PELO SENHOR!! E nos dormimos agradecidos deste sagrado sábado de Natal.
 
Om guru deva om
Munay Flores

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