Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra Pachamama
Nós, os povos da Terra:
Considerando que todos somos parte da Mãe Terra, uma comunidade indivisível vital de seres interdependentes e inter relacionados com um destino comum;
Reconhecendo com gratidão que a Mãe Terra é fonte de vida, alimento, ensinamento, e provê tudo o que necessitamos para viver bem;
Reconhecendo que o sistema capitalista e todas as formas de depredação, exploração, abuso e contaminação hão causado grande destruição, degradação e alteração à Mãe Terra, colocando em risco a vida como hoje a conhecemos, produto de fenômenos como o câmbio climático;
Convencidos de que em uma comunidade de vida interdependente não é possível reconhecer direitos somente aos seres humanos, sem provocar um desequilíbrio na Mãe Terra;
Afirmando que para garantir os direitos humanos é necessário reconhecer e defender os direitos da Mãe Terra e de todos os seres que a compõe, e que existem culturas, práticas e leis que o fazem;
Conscientes da urgência de tomar ações coletivas decisivas para transformar as estruturas e sistemas que causam o câmbio climático e outras ameaças à Mãe Terra;
Proclamamos esta Declaração Universal de Direitos da Mãe Terra, e fazemos um chamado à Assembléia Geral das Nações Unidas para adaptá-la, como propósito comum para todos os povos e nações do mundo, afim de que tanto os indivíduos como as instituições, se responsabilizem por promover mediante o ensino, a educação e a conscientização, o respeito a estes direitos reconhecidos nessa Declaração, e assegurar através de medidas e mecanismos prontos e progressivos de caráter nacional e internacional, seu reconhecimento e aplicação universal e efetivos, entre todos os povos e os Estados do Mundo.
Cochabamba, Bolívia, 22 abril 2010
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