sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dia de chuva... e reflexão

Bom dia amadas irmãs e irmãos, os saúdo neste dia chuvoso...
Já lhes disse que amo a chuva? E como a amo, o Senhor me trouxe um trabalho em que posso ficar em casa quando chove... Assim, posso vivenciar os ciclos naturais, pois quando abre o Sol, saio a trabalhar aberta à vida, e quando chove posso ficar introspectiva, aberta a reflexão e a oração, num estado intimista, me deleitando na santa Presença de Deus e da Deusa.
A troca das estações do ano também, como ritmo de Pachamama, nossa Deusa, acompanha Sua expansão e contração; bem como o ciclo menstrual das mulheres, ou a noite e o dia, ou os ciclos da Lua... Enfim, todos conhecemos estes ciclos, o que esquecemos, porém, foi como respeitá-los e vivermos mais lentamente dentro destes ritmos naturais.
Quando chove nossa essência nos pede para ficarmos recolhidos em nossa casinha, nos alimentando energeticamente com a música da chuva quando toca o solo ou os telhados. Eu sei, você tem que sair a trabalhar e que seu chefe não entende nada dos ritmos da natureza... Infelizmente, o mundo carece de valores naturais e nosso ser mais íntimo se ressente com isto, ficando nostálgico nos dias de chuva, não é assim?
Ah amados, que felicidade será quando as pessoas voltarem a sentir e a respeitar os ciclos da natureza, respeitando os dias de chuva, o ciclo menstrual das mulheres, que poderão ficar recolhidas e conscientes do que se lhes acontece energeticamente, entregues a purificação natural e renovadora, preparando a fertilidade em nosso ser, não só para gerar uma vida, mas para nos renovar energética e espiritualmente para um novo ciclo, a si mesma e a seu companheiro. As nossas ancestrais sabiam muito bem disto, e na cultura indígena a mulher era dispensada de seus afazeres domésticos e se recolhiam em uma tenda para este fim e, junto a outras as mulheres em igual estado, podiam compartilhar deste ritmo sagrado; os homens da tribo davam, por amor à Deusa, este descanso as suas mulheres e por valorizarem em si mesmo e nelas a polaridade feminina da energia.
Assim, reverencio as mulheres, não só porque são de meu gênero, mas, sobretudo, porque são uma representação de Pachamama, pois, às mulheres, Ela se deu inteiramente, fazendo-nos sentir, em nosso corpo, estes ritmos de que estamos falando... E aos homens também Ela dotou de um lado mais terno e sensível; felizes dos homens que já descobriram em si este lado da energia feminina, e não estou falando da opção sexual, mas sim, da energia feminina, presente também nos homens, que os torna mais abertos à espiritualidade, sensíveis aos ritmos naturais da Vida, sendo ternos e amantes da Deusa presentes em suas companheiras. Amigos, ao relacionarem-se amorosamente com suas mulheres, ao se fundirem sexualmente com elas, em última instância têm a oportunidade de conhecerem a Deusa encarnada em sua esposa, namorada, amiga. Ao amarem suas mulheres procurem ali pela Deusa, pois Ela sempre esteve ao alcance de Seus filhos amados e de Suas filhas amadas...
Os ritmos de Pachamama são sagrados, assim como o poder do feminino em nós, tanto em homens como em mulheres.
Um Feliz dia de chuva!
Com amor,
Nuit Sandoval

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