quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Lição do Ayni


Quando começamos, te disse que temos só uma lei, que é um princípio que os
sábios andinos, ou amautas, aprenderam da observação sensível e alerta de
Pachamama. Observaram que para manter a ordem, a Vida Una se mexia com
reciprocidade, que tudo tinha um dar e um receber”. Mestre Lucidor

Texto retirado da 4a. Lição do Módulo I, Ayni, nossa Lei Fundamental.


Desde o começo de nosso movimento temos ouvido muito esta palavra “Ayni”, porque se trata de uma lei fundamental experimentada por tribos andinas dispersas ao redor de Cusco no poderoso império Inca, e trazida para nós para que possamos compreender esta misteriosa verdade em ação; o Ayni contém em seu experimento um equilíbrio entre dar e receber, e ali há uma chave que abre uma porta para uma vida abundante, feliz e harmoniosa.
Basta pararmos um pouquinho para observarmos na própria natureza esta lei em ação: para dar frutos o solo precisa de sol e chuva; para que a chuva possa se precipitar há necessidade de calor do sol para que a água evapore; para que a vida possa se frutificar há um dar e receber constantes, porque nada basta-se por si só, tudo está em interação e o que move este movimento é a lei da reciprocidade, do ayni...
A harmonia com a vida, com Pachamama, passa por este simples exercício entre dar e receber, e a conexão se estabelece com firmeza quando passamos a estar cônscios de como funciona esta lei em ação.
Neste tempo em que nos toca viver temos a oportunidade de observar os graves desequilíbrios a que passam todos os sistemas de Pachamama e desta para com a humanidade. E o ponto de desequilíbrio onde está? Exatamente está no homem, seus filhos que se intitulam de racionais e os mais inteligentes. Será???
Ser inteligente implica em aprender rápido desta interação para com Pachamama e perceber onde está o ponto fraco. Todos somos inteligentes e por certo já observamos que o desequilíbrio vem do homem desequilibrado, que perdeu a conexão com suas raízes e com sua essência.
Tudo é orgânico e, me parece que quando o ser humano voltar a se equilibrar, Pachamama também estará equilibrada, porque é assim que Ela É. Podemos fazer muito e as lições da Mistica Andina vão no sentido de recuperarmos o sábio equilíbrio entre dar e receber. Muito temos recebido de Pachamama, tudo o que temos foi Ela que nos deu, pois se temos uma casa ou um bom trabalho foi Ela que nos legou os meios para conseguirmos tudo do que necessitamos. Ou se somos um pouco mais despertos, é Ela quem nos manda um Mestre, uma senda... E estar numa senda é para seus filhos preferidos, pois estes estão caminhando conscientes e é destes que Ela mais espera...
E qual tem sido nossa contraparte? Será que temos sido gratos o suficiente para darmos equilíbrio nesta relação? Tudo do que Ela necessita é de nosso amor e gratidão, sendo cuidadosos com todos os seus filhos, seja de que reino for, pois tudo o que fizermos seja para com um animalzinho, seja para com nosso Mestre, é a Ela que estaremos fazendo...
Se ainda não estás inscrito na Escola Espiritual da Mistica Andina, por favor nos escreva no e-mail escolaespiritual@yahoo.com.br.

C
om amor e devoçao,
Equipe da Escola Espiritual

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Convite Especial



O coração vive preso pela infantil ansiedade e por um aspecto travesso, não maduro da mente, que quer controlar e dirigir o sentir com ideias emprestadas.

Libertar o coração é a mais profunda revolução. Esse intento leva dentro de si a força fértil de Pachamama. Ela libera seu coração através das flores, frutas, verduras e brilhos... assim, querido amigo, te convido a florescer e soltar teu coração para que vejas, percebas a sutil vibração, a Nação Pachamama, e deixemos de andar como párias, com os olhos do coração vendados e doloridos.

Florescer em cada agora, sem filtro, sem palavras, nem opinião, é sem dúvida o salto de fé que precisa fazer um homem ou uma mulher para nascer de novo, assim falava Jesus, o filho do carpinteiro. Nascer de novo requer que o papai mente e a mamãe instinto aceitem abrir as gaiolas do coração onde EU SOU...

Neste paraíso vivo encontra-se a música dos pássaros e o sopro de paz que a consciência tanto busca em objetos e pessoas.

Apreciar o que recebemos é a porta de saída. Ao apreciar, o coração experimenta gratidão, e assim, solta sua voz e junto a todos os seres vivos exala o sopro vivo e inocente.

Enquanto escrevo, os passarinhos do pátio deste rancho se assomam para ver o que sucede nesse homem, que vibra em seu coração de passarinho tanta gratidão pelos algarrobos.

Mestres Andinos


Período da prática: de 1º a 21 de março/2012

Local: cada um em seu lar, com apoio de um manual e um CD com músicas devocionais.

Para mais informações: misticaandina21dias@yahoo.com.br

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

As Escolas na Nação Pachamama

 
Belos pensamentos vem a surgir ao balançar de um ônibus... Podem aparecer no vai e vem do da rede ao vento... Podem vir  no momento “stop “ do trânsito engarrafado...  Na turbulência do avião... Na tremulação do trem... No andar amontoado no metrô... Inspirados pensamentos vindos de Pachamama surgem a qualquer momento nesta infinita e inesperada conexão!

Ao passar em frente a uma escola e ver crianças brincando trancafiadas atrás de grades em brinquedos de plástico, sem ver o sol naquela tarde maravilhosa, perguntei-me onde estavam as escolas de Pachamama...  Nas Escolas da Nação Pachamama , onde a liberdade dança em consciência, não podem ter grades. E onde estão as escolas da Nação Pachamama?! Existirão professores preparados para ela? Existem crianças precisando delas. Existem pais para colocarem seus filhos nessas escolas?! 

Mergulho  nos pensamentos de uma criança em liberdade estudando na Nação Pachamama. Imaginei as pessoas pequenas entrando para um dia de aula. Na entrada, deixariam seus calçados. Sim, crianças! Ficaríamos descalças! Iríamos para a escola com roupas leves e coloridas. Nada  de fardas para nos acondicionarem em rótulos... Nosso sorriso seria a distinção, nossa vontade de aprender e a dar asas à criatividade é que seria nossa avaliação. 

Avaliação?! Seria mesmo necessária?! Ao invés de um boletim de notas azuis, vermelhas  e pontinhos de falta e presença,  seria só uma uma frase de luz para conduzir a continuação do aprendizado... receberíamos uma palavra-lema de inspiração para o próximo ano letivo. 

Cada dia de estudo iniciaria e terminaria com uma meditação. Teríamos aulas de... mantras... cozinha vegetariana... cultivo de hortas sadias... estudo das ervas... poderes curativos na natureza...  estudo de prevenção das doenças...  investigação de tecnologia limpa...  invenção com reaproveitamento de materiais ... ética e filosofia humana... política pachamama...  rituais e danças sagrados... yoga...  treinamento de conexão com os mestres... aulas de circo... pintura e artesanato naturais... e por aí vai... nossos brinquedos seriam reciclados, nosso recreio seria na natureza, banho de rio, de cachoeira, se não tiver por perto, de mangueira! 

Sonhos com essas escolas de Pachamama! Apareçam e tornem-se realidade...

com amor e esperança,
Amma Obelar
Fortaleza-CE

Que símbolo escolhes para a nossa bandeira Sandoval?